PRF registrou filas de 31 quilômetros na BR-230/PA e de 10 quilômetros na BR-163/PA nesta quinta-feira (6); falta de infraestrutura evidência os gargalos logísticos do Brasil
O avanço na colheita e escoamento da safra brasileira 2025, segue evidenciando os gargalos logísticos do País. Nesta semana, caminhoneiros voltaram a enfrentar filas quilométricas nas rodovias BR-163/PA e BR-230/PA, enquanto aguardavam para descarregar nos terminais portuários localizados no distrito de Miritituba (PA).
Na tarde da última quinta-feira, 06 de março, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegou a registrar por volta das 16h30, cerca de 31 quilômetros de congestionamento na BR-230 e 10 quilômetros na BR-163. Imagens divulgadas por caminhoneiros na região, revelam a formação de filas duplas e até triplas sobre as pistas. Para tentar organizar o fluxo de caminhões no trechos, o efetivo de agentes foi ampliado na região.
"Durante os últimos dez dias houve registros de problemas no fluxo de veículos devido à carga e descarga no porto de Miritituba, mas a situação havia se normalizado. No entanto, durante o período de Carnaval, o tráfego voltou a ser prejudicado, resultando no novo congestionamento na rodovia", afirmou a corporação.
Ainda segundo a PRF, na mesma data foi realizada uma reunião com representantes da Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (AMPORT), da concessionária Via Brasil, responsável pela gestão dos trechos das BRs 163 e 230 que dão acessos aos portos.
"Os participantes assumiram o compromisso de elaborar um diagnóstico e propor soluções emergenciais para normalizar o fluxo de veículos, visando a regularização do tráfego na rodovia, que atualmente enfrenta impactos devido à logística da área portuária", informou a PRF.
Atualmente o sistema rodoviário composto pelas BR-163/230/MT/PA, é considerado hoje um dos principais corredores para o escoamento da produção agrícola do Mato Grosso. Entretanto, o caos logístico registrado ano após ano na região é resultado da sobrecarga dos terminais somada a falta de infraestrutura adequada para o recebimento e triagem adequada do volume significativo de caminhões na região.
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